As origens do bairro coincidem com a história do bairro da Penha. Seu nome vem da existência, no início da década de 1930, de uma linha circular destinada a permitir o retorno dos trens de subúrbios. A linha circular da Penha foi desativada na década de 40, sendo construída a estação de Penha Circular, que deu nome ao bairro.
O nome do bairro era “Terra dos Gambás” (por existirem gambás aos montes) e os moradores se reuniram e escreveram uma cartinha para o diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, no fim do século 19, quem teria escrito foi a esposa de Assis Carneiro, leiloeiro e dono de chácara. O texto era o seguinte: “Por piedade, doutor, troque o nome da nossa estaçãozinha”. O apelo acabou dando certo. “O diretor respondeu: “Perfeitamente minha senhora, ela se chamará Piedade”.
Em 1873, as fazendas da região pertenciam a Francisca Carolina de Mendonça Zieze e a seu genro Gaspar Augusto Nascente Zieze. Eles doaram o terreno no qual a Irmandade de São Benedito dos Pilares levantaria a sua capela, remodelada mais tarde pelo Padre José Corrêa. Mas o nome Pilares tem duas versões: viria da Venda dos Pilares, devido aos adornos de pedra destacados na edificação, ou do largo do bairro, uma das paradas da Estrada Real de Santa Cruz (depois Avenida Suburbana e, hoje, Avenida Dom Hélder Câmara), onde havia pequenos pilares que serviam para amarrar cavalos, rodeando uma fonte d’água..
Em 1853, exatamente no local onde hoje está a praça, foi construído o antigo Matadouro da Cidade. Evoluiu em volta dele o Largo do Matadouro, que se tornou o centro de gravidade para o adensamento das cercanias. A região foi urbanizada no início do século 20, após transferência do Matadouro, em 1881, para Santa Cruz. A construção da Avenida Radial Oeste (atual Oswaldo Aranha) e do Trevo das Forças Armadas alterou a área nas décadas de 60/70, assim como a abertura do metrô. A antiga Estação Lauro Müller da Supervia passou a se chamar Praça da Bandeira.
O general Salvador Correia de Sá e Benevides (1601-1688) lutou contra os holandeses em Angola, defendendo os interesses portugueses. Foi governador do Rio de Janeiro por três períodos (1637-1642, 1648-1649 e 1659-1660), levando desenvolvimento à região. Faleceu em Lisboa em 1688, deixando suas terras para o filho, Martim Correia de Sá e Benevides, que se tornou o primeiro Visconde de Asseca e Alcaide-Mór do Rio de Janeiro. Dessa linhagem nobre dos Assecas, o quarto Visconde (1698-1777) foi o responsável pelos primeiros vestígios de povoamento mais efetivos em torno da Praça Seca (corruptela de Praça Asseca, ou Praç’Asseca).
A abertura da Estrada de Ferro Dom Pedro II, depois Central do Brasil, deu ao local a Estação Cupertino (dono de grande pedreira fornecedora para construções na cidade), inaugurada em 1o de maio de 1876. O nome foi mudado em 1912 para Quintino Bocaiúva em homenagem ao parlamentar, jornalista e comandante civil da Proclamação da República, que morou numa chácara nas proximidades.
Dona Leonor Mascarenhas de Oliveira deixou, em meados do século 19, treze lotes da Fazenda de Nossa Senhora de Bonsucesso para serem divididos entre parentes e amigos. João Torquato de Oliveira herdou a casa e a fazenda-sede, região dos atuais núcleos de Bonsucesso e Ramos. Em 1870, sua viúva, Francisca Hayden, vendeu ao Capitão Luiz José Fonseca Ramos terras que abrangiam o Sítio dos Bambus, onde Ramos começou a prosperar. O bairro surgiu por obra dos descendentes do Capitão Ramos, quando os trilhos da Estrada de Ferro do Norte (Leopoldina) chegaram à área, onde foi construída a Parada de Ramos.
O nome teria como origem o termo Campos Realengos, usado para nomear os campos de serventia pública que eram utilizados, principalmente, para a pastagem do gado por parte dos que não possuíam terra própria. Há uma versão, mais lendária, que diz que significa ‘Real Engenho’, que abreviado lia-se ‘Real Engo.’
As terras pertenciam ao Banco de Crédito Móvel, que as loteou em duas glebas. Joseph Weslley Finch comprou, nos anos 20, umas delas e costumava promover visitas de fim de semana para interessados na compra de seus lotes. Muitos paulistas adquiriram terrenos à beira-mar e construíram casas de veraneio. Por isso, a gleba de Finch passou a ser conhecida como Recreio dos Bandeirantes, e foi registrada como Jardim Recreio dos Bandeirantes. Mais tarde, todo o bairro passou a ter o mesmo nome.
Surgiu nas terras da antiga fazenda do Engenho Novo, desmembrada em chácaras e, depois, ocupadas por loteamentos. A Estação Ferroviária, de 1869, se chamava Riachuelo do Rio em homenagem a uma batalha naval.
A estação de Ricardo de Albuquerque, inaugurada em 1913, deve seu nome a José Ricardo de Albuquerque, antigo diretor da ferrovia e poeta.
É uma referência ao longo Rio Iguaçu, que cruzava a região conhecida como Catumbi Pequeno (compreende atualmente o Rio Comprido e parte do Estácio). A área abrigou o Quartel General do Exército na época de Dom João VI, se tornando um bairro agradável para os ingleses, que nele habitavam em casas próprias ou propriedades cercadas de amplos quintais. A chácara mais famosa foi a do Bispo Frei Antonio do Desterro, erguida no século 17, também conhecida como Casa do Bispo, que serviu de residência episcopal até 1873, quando ali se instalou o Seminário São José. O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico.
A estação de trem inaugurada em 1885 e extinta em 1960 recebeu o nome de um guarda-cancela da ferrovia, que também batizou o bairro.
As terras pertenciam à Fazenda do Sapê, cujo proprietário, no século 19, era o Barão de Mesquita. Em 1916, a fazenda seria adquirida pela família Rocha Miranda, que promoveu o loteamento da região com a abertura de várias ruas com nomes de pedras preciosas: dos Topázios, das Esmeraldas, dos Rubis, dos Diamantes, Ametistas, Ônix, Turquesas etc.
Sitiantes passaram a ocupar as terras da antiga fazenda Quebra-Cangalha por volta de 1930. Elas foram divididas em pequenas chácaras em que cultivavam hortaliças vendidas na feira do Largo das Três Vendas (atual Praça Santos Dumont, na Gávea). Os comerciantes diziam para os fregueses que seus produtos vinham de suas “rocinhas” no Alto da Gávea e, a partir daí, o nome Rocinha se popularizou.
A estação de trem homônima da região é uma homenagem ao Coronel Sampaio, Patrono da Infantaria.
A terra foi a princípio doada a Cristóvão Monteiro, depois passou a pertencer a Companhia de Jesus, os jesuítas que colocaram uma grande cruz de madeira, pintada de preto, encaixada em uma base de pedra sustentada por um pilar de granito. Mais tarde, já durante o Império, o cruzeiro seria substituído por outro de dimensões menores. E, atualmente existe uma cruz no mesmo local, mas não é o cruzeiro histórico, e sim uma réplica que foi erigida durante o comando do então Coronel Carlos Patrício Freitas Pereira. O cruzeiro deu nome à Santa Cruz. A poderosa fazenda de Santa Cruz, um imenso latifúndio, se tornou a mais desenvolvida da Capitania, com milhares de escravos, cabeças de gado e variados tipos de cultivo.
Antigamente, o bairro se chamava Morro do Desterro, com acesso pela atual Ladeira de Santa Teresa, onde foi construída a capelinha de Nossa Senhora do Desterro, em 1629. Depois, em 1750, o Governador Gomes Freire de Andrade construiu o Convento de Santa Teresa para abrigar a ordem de religiosas.
Em 1879, o bairro teve grande parte aterrada pela Empresa de Melhoramentos do Brasil. As Ilhas dos Melões e das Moças, localizadas no antigo Saco do Alferes próximas à atual Rodoviária Novo Rio, foram extintas para a construção do Cais do Porto, no início do século 20. Esses aterros deram origem ao atual bairro de Santo Cristo, cuja Igreja de Santo Cristo dos Milagres, erguida em 1872, localiza-se no atual Largo de Santo Cristo, antigo Largo do Gambá.
Nesta localidade ficava o Engenho do Lameirão, de Manuel Suzano, com sua capela de Nossa Senhora da Conceição do Lameirão, o templo mais importante das redondezas. Em 1750, a capela teve permissão para manter em sacrário o Santíssimo Sacramento e, para isso, foi criada uma irmandade. Este acontecimento passou a designar de Santíssimo toda a região situada entre Bangu e Campo Grande, batizando o atual bairro.
Por causa de um grande proprietário de terrenos naquela parte da cidade, o Sr. Clemente de Matos, muito devoto do santo do qual havia herdado o nome.
No início do século 20, o Comendador Conrado Jacob Niemeyer possuía grande fazenda na região e nela ergueu uma pequena igreja, em 1916, em devoção a São Conrado.
O nome se deve à igrejinha dedicada ao santo erguida pela Companhia de Jesus junto à praia habitada apenas por alguns pescadores. Com a expulsão dos jesuítas em 1759 e a chegada da Família Real em1808, a região antes destinada à agricultura e à pecuária foi retalhada e dividida em chácaras, então adquiridas por ricos comerciantes.
O bairro é um dos menores do Rio. As terras pertenciam ao Engenho Novo dos Jesuítas, construído a partir de 1707. Daí o nome em homenagem a um santo.
Recebeu este nome por origem de uma promessa religiosa a Nossa Senhora da Saúde, que salvou a esposa de um rico comerciante português, Manuel Negreiros, que ergueu em 1742 a Capela de Nossa Senhora da Saúde, sobre um morro rochoso de frente ao mar. No século 17, seus trechos eram conhecidos como Valongo e Valonguinho.
O trem chegou à região por intermédio do ramal de Mangaratiba, sendo inaugurada a estação Senador Camará em 1923, uma homenagem a Otacílio de Carvalho Camará, gaúcho, deputado pelo Distrito Federal (1915) e senador em 1919.
Pela região passou a antiga estrada Rio-São Paulo, onde foi instalada, em 1914, a Estação Senador Augusto Vasconcelos. Trata-se de uma homenagem a um senador federal que também deu nome ao bairro.
Em tupi, significa sítio dos sapês. A região já foi coberta de florestas.
No final do século XIX havia grande circulação de bondes com tração animal pela região e esse local fazia parte do trajeto entre a “Porta D’Água”, na Freguesia, e a Taquara. Por isso, em 1875, foi construído um grande reservatório para cavalos e burros matarem a sede. Desde então, passou a ser chamado de Largo do Tanque..
É uma espécie de bambu abundante na região, utilizado em cercas e na fabricação de cestos.
O nome Tijuca, de origem indígena, significa água podre, charco ou brejo. Referia-se às lagoas da atual Barra, depois passou para as montanhas, floresta e vertente oposta, correspondendo à antiga região do Andaraí Pequeno que, entre os séculos 19 e 20, transformou-se no atual bairro da Tijuca. Na década de 70, parte do Andaraí Grande foi incorporada a ele.
Era inicialmente um prolongamento do Méier. A Estação Ferroviária de Todos os Santos (daí o nome), inaugurada em 1868, foi extinta no final da década de 1960.
Servido pelos trens da antiga Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (mais tarde Linha Auxiliar), a região ganhou a Estação Tomás Coelho. O nome é uma homenagem ao Conselheiro Thomaz Coelho, Ministro da Guerra no Segundo Reinado que instalou o Colégio Militar na Tijuca, em 1889.
Corruptela de “tury” ou “tory” (facho) e “açú”, (grande, extenso), significa “fogaréu” ou ainda “fogaréu feito de sapê”. Na região, atravessada pela Estrada do Otaviano, ficava o Engenho do Vira-Mundo, último grande fabricante de rapadura e cachaça depois da decadência do Engenho de Portela.
Há lendas sobre o nome, tem quem diga que era o nome do navio do holandês Olivier Van Noort, o LeBlond. Outras que é por causa do morro rochoso que lembra um tipo de embarcação antiga usada pelos holandeses para transporte de carga.
As terras pertenciam à sesmaria de Gonçalo Correia de Sá. Sua filha, Dona Vitória de Sá, as doaria mais tarde aos Monges Beneditinos. Ali, Frei Lourenço da Expectação Valadares criou, no século 18, a fazenda Vargem Grande, cujas ruínas ainda existem no Sítio Petra, número 10636 da atual Estrada dos Bandeirantes.
A região era parte da enorme sesmaria de Gonçalo Correia de Sá e foi dada em 1628, como dote, a Dom Luiz de Céspedes (governador geral do Paraguai), marido de sua filha, Dona Vitória de Sá. Com a morte dela, em 1667, a propriedade seria deixada para os Monges Beneditinos, que dividiram o Engenho do Camorim da família, criando a fazenda de Vargem Pequena.
Em 1998, ano do centenário do Clube de Regatas Vasco da Gama, um projeto transformou a área onde fica a sede / estádio do clube e suas adjacências, incluindo a Comunidade Barreira do Vasco, no bairro Vasco da Gama.
Grandes chácaras onde se cultivava café, aipim e batata doce, entre os morros do Sapê e da Serrinha, ocupavam a área. Uma delas, a do Capitão-Tenente José Maria Vaz Lobo, no cruzamento com a Estrada de Irajá (atual Avenida Monsenhor Félix), deu nome ao bairro.
O nome do bairro se refere a um fazendeiro local, Vicente de Carvalho, que batizaria também a estrada e a estação da Estrada de Ferro Rio D’ Ouro, implantada na segunda metade do século 19.
O major de milícias e intendente da polícia Miguel Nunes Vidigal, de grande influência no Primeiro Império, recebeu dos monges beneditinos, em 1820, extensas terras que iam das encostas da Pedra Dois Irmãos até o mar, onde construiu a Chácara do Vidigal. Em 1886, seus herdeiros venderam a propriedade ao engenheiro João Dantas.
Nas terras pantanosas da região havia a Fazenda Nossa Senhora das Graças, que abrigava o Engenho do Vigário Geral, também conhecido como Engenho Velho. O tal vigário geral seria o Cônego Dr. Luiz Borges da Silva Oliveira, dono do Engenho Nossa Senhora das Graças na segunda metade do século 18. No entanto, existem fontes citando o monsenhor Félix de Albuquerque ou o Padre Dr. Clemente de Matos, ambos donos do Engenho de Irajá, como o “Vigário Geral” que deu nome ao bairro.
A Companhia Urbanizadora Imobiliária Kosmos (daí o nome), que algumas vezes é grafado assim com K, construiu o loteamento Vila Florença, implantado em 1930 nas terras de Guilherme Guinle. Atualmente, é um bairro essencialmente residencial, atravessado pela Avenida Meriti.
O Projeto de Arruamento e Loteamento da Vila Penha, de propriedade da Empresa Industrial de Melhoramentos do Brasil, elaborado em 1927/1930 e alterado em 1936, consolidou a urbanização do bairro.
No início do século 20, os batalhões e regimentos da cidade se concentravam próximos ao Centro, em São Cristóvão, no Campo de Santana, no antigo Arsenal de Guerra (atual Museu Histórico), na Fortaleza de São João e na Praia Vermelha. O Marechal Hermes da Fonseca resolveu então transferi-los para uma nova vila militar na zona suburbana, que pudesse se interligar com as unidades de Realengo. No governo Afonso Pena, as fazendas e engenhos da região entre Deodoro e os limites com a Baixada Fluminense começaram a ser desapropriados.
Todas as terras do bairro eram da Fazenda do Macaco, limitada pelo Rio Joana, pelo Caminho do Cabuçu (atual Rua Barão do Bom Retiro) e pela Serra do Engenho Novo. Dom Pedro I a presenteou à Imperatriz D. Amélia de Beauharnais, Duquesa de Bragança, sendo frequentes os passeios do casal no local. Com a volta de Dom Pedro a Portugal, a fazenda ficou abandonada, sendo atingida pela epidemia de cólera em meados do século 19. Em 1872, o Barão João Batista de Viana Drummond (mais conhecido por ter inventado o jogo do bicho) comprou a fazenda e montou a Companhia Arquitetônica de Villa Izabel, em homenagem à Princesa Isabel, para a promoção de loteamento. Assim, em 1873, nascia o primeiro bairro planejado da cidade.
No passado, o bairro era ocupado pelo Engenho Valqueire. A origem do nome se deve ao proprietário das terras em meados do século 18, Antonio Fernandes Valqueire. A sede do engenho ainda existe, em ruínas. Sua mais antiga construção é a Igreja São Roque, próxima à Rua Quiririm. Dizia a lenda que o engenho tinha este nome porque era um terreno que media 5 alqueires. Como a placa fazia a indicação com algarismos romanos, V Alqueire virou Valqueire.
O projeto imobiliário com o nome de Jardim Vista Alegre (1954) levou à construção de 400 casas na região. Em sua periferia existiam chácaras com hortas, verduras, fazendolas e um grande pântano, repleto de rãs, onde foi construído o chamado Bairrinho. Vista Alegre é um dos menores bairros da cidade.
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